Eu tentei acreditar... Achei que tudo ia ser diferente. Preferi não escutar as opiniões alheias, confiando no que eu achava que você seria. Me enganei. Onde fora parar toda aquela fofura, e os tantos coraçõeszinhos que me deixavam sem graça? Acho que estavam com alguma outra garota... Eram tantas, mas eu não estou mais entre elas. Não foi você quem disse que eu não precisava me preocupar? Provavelmente, o fim do começo estava nos seus planos. Fico pensando: será que eu signifiquei alguma coisa? Foi só mais uma aventura, que não era pra acontecer? São as perguntas que eu me faço, quando me pego pensando em você...

Vontade de viver...

Isso pra mim, é tão normal... Estar no mesmo quarto, no mesmo computador, fazendo as mesmas coisas, não muda nunca. Já cansei dessa rotina... Eu odeio rotinas. Acordar as 5:40, ir pra perua as 6:02, chegar na escola as 6:55, pedir um cappuccino as 7:00, entrar na aula as 7:10. Intervalo as 9:30, saio 12:30, tô em casa 1:20. Almoço, venho pro computador, durmo até umas 5:30... volto pro computador, passo a noite no computador (quase nunca faço lição-de-casa ou estudo), e lá pelas 23:00 começa a me dar sono... Durmo, acordo, e começa tudo denovo. Sempre do mesmo jeito. Raramente, saio de casa para vagar pela rua. Pego a Babi, sua coleira e a fico andando sem rumo... Vou à padaria, à banca de jornais, ou ao campinho de futebol que nunca tem ninguém interessante. Isso já me cansou... Gosto do novo, do inusitado. Quero inglês, espanhol, francês... Tênis, ballet, jazz, ginástica olímpica, handball... Amigos, amores, amigos, amores... Mais amigos, e mais amores. Quero sentir o gosto da experiência. Quero me sentir viva. Quero poder falar que já vivi.

Não tinha pensado nisso até então

Eu estava confusa, sem saber o que fazer... E então num domingo, me fiz pensar. Adormeci em meus sonhos, e as lembranças começaram a aparecer: a primeira troca de olhares, tantas noites no telefone, meu diário com o seu nome inúmeras vezes... Me vi rindo sem parar, mas logo vieram as lágrimas da saudade, do arrependimento, da perda. Estou com muito medo de falar, mas agora, quem poderia negar? Você continua em mim, talvez eu nunca tenha te esquecido... Então tudo começa a fazer sentido... Preciso te encontrar, onde quer que você possa estar.

O que vai acontecer?

Sem saber o que sentir, sem saber o que pensar... Vou chorar? Vou Sofrer? Vai me amar? Me iludir? Devo acreditar? Ah! Interrogações...